Viviane, que cursa Administração, avalia que experiência ajudará a todos a valorizar a universidade e a se conhecer melhor.
Durante a pandemia do coronavírus, a URI manteve os estudos acadêmicos usando a tecnologia. Para isso, professores e estudantes, de casa, precisaram se adaptar a uma nova realidade, que exige disciplina e restringe a interação com colegas a um ambiente virtual, mas também disponibiliza conforto e flexibilidade na hora de aprender.
Embora sintam a inevitável falta do contato presencial, docentes e discentes avaliam a experiência das aulas à distância, necessária nesse momento, apontando vários benefícios do EAD. O acadêmico de Ciências Contábeis, Lucas Zimmer, que mora no município de Roque Gonzáles, destaca que a adaptação de todos está tendo êxito graças a comunicação por diversos canais:
“Está sendo uma experiência muito diferente, agora temos que nos comunicar com o professor e colegas via computador. Mesmo com algumas dificuldades iniciais, cada professor vem buscando uma forma de passar seu conteúdo, encontrando novas maneiras de dar aula, tanto com dicas de alunos quanto dos professores entre si, trocando ideias e dialogando sobre a melhor maneira de se adaptar à nova rotina”.
A professora do Curso de Direito, Alini Taborda, pensa na tecnologia como uma grande aliada. Mesmo estando em casa, ela garante que professores e alunos continuam juntos e estudando, mas não disfarça o incômodo da ausência presencial.
“Seguimos possibilitando a continuidade do conteúdo e dando todo o apoio pedagógico, para que não haja perda de aprendizagem para os estudantes. Mas, aqui existe uma professora preocupada e com saudade dos seus alunos”!
Para o Daniel Ten Caten, que cursa Administração, a primeira experiência com ensino à distância está exigindo uma reorganização na forma de estudar. Para se adaptar, ele reserva os mesmos horários em que estaria em sala de aula presencial para realizar as atividades propostas pelos professores.
Ele cita como desafio as várias distrações caseiras, que atrapalham na hora de se concentrar nos estudos. Não ter a vivência presencial da sala de aula real é outro empecilho, mas Daniel vê na facilidade de comunicação com os professores a superação desse obstáculo.
“Não ter a interação entre professor e os colegas em sala de aula, em parte, prejudica o aprendizado. Porém, através dos meios de comunicação e videoaulas, os professores estão sempre disponíveis para sanar dúvidas e assim alcançarmos os mesmos resultados das aulas presenciais”.
Da mesma opinião, é a estudante de Direito Anastácia Ruschel, que também estreia no EAD. Além disso, o fato de não ter internet em casa foi outro complicador, mas ela é a prova que a força de vontade e o interesse são capazes de driblar as dificuldades. Anastácia destaca o papel fundamental dos professores:
“Analisando o esforço e dedicação para conosco, só tenho a agradecer a cada um dos meus professores, pois todos sem exceção têm buscado, através de e-mail e conversas por whatsapp, nos auxiliar nas dúvidas referentes aos conteúdos encaminhados. Eles estão sendo compreensíveis com a nossa situação atual e acredito que isto é que tem quebrado paradigmas entre aluno e professor, estão se criando laços de respeito e admiração mútuos”.
A experiência está sendo bem mais tranquila para a Viviane Malikowski , do curso de Administração, porque ela já fazia outro curso online. Moradora de São Paulo das Missões, só o fato de não precisar se deslocar até a universidade é um ganho de tempo.
“A rotina está boa, consigo dedicar mais tempo também a outras atividades. Acredito ser uma pessoa bem organizada, então separar um tempo para fazer as atividades e assistir as aulas não é uma tarefa difícil”.
Como lição da experiência, ela elege o autoconhecimento e o estímulo em aproveitar cada oportunidade e valorizar a instituição que possibilita tudo isso:
“Acredito que ajudará a todos a valorizar a universidade com um todo e a aproveitar mais as aulas e a disposição dos professores. Também auxilia em uma organização própria do aluno, ajudando-o a se conhecer melhor”.
Desta visão compartilha o professor Roberto Ajala, coordenador do curso de Administração. Ele frisa que o interesse do aluno é fundamental para o bom aprendizado.
“Quem participa está gostando e dá um feedback bem positivo, outros ainda estão se acostumando com a novidade”, afirma.
A maioria dos professores estão usando as ferramentas do Google For Education, que possibilita compartilhamento de arquivos, Hangouts, videoconferências e a sala de aula virtual. Outras atividades e materiais também são feitos pelo Portal do Aluno da própria URI.
Ajala acredita que o contato frequente com os estudantes é a chave para manter todos disponíveis para o aprendizado. Para o professor, as vantagens do EAD são maiores que as dificuldades
“Além da utilização da tecnologia, os benefícios são o conforto, a praticidade e a flexibilidade”.
A aluna Anastácia vai além e lembra que a modalidade de ensino permite explorar mais as próprias capacidades de aprender e pesquisar.
“É um desafio sair da comodidade, mas como um todo tem nos mostrado um universo infinito de opções e possibilidades de aprendizado. Um grande exemplo são as aulas gravadas por vídeos, que são o máximo”!
Segundo ela, a maior lição é que a união de todos em torno de um bem comum é capaz de revelar novas formas de alcançar o conhecimento:
“Para toda dificuldade que nos aparecer ao longo de nossa trajetória como estudantes e ao longo da nossa existência, como seres humanos, se nos unirmos seremos capazes de reinventar novas maneiras, novos caminhos, agregarmos ainda mais conhecimento, experiências e no final comemorarmos juntos as nossas conquistas”.
Quem também tem fé nesta reinvenção humana é o professor do Curso de Ciências Contábeis, Lucas Zorzo. Ele coloca que o professor é aquele que deve aproveitar situações como essa para ensinar e aprender de outra formas, que no momento passam pelo domínio da tecnologia.
“Neste momento de incertezas mundiais, lembrei-me do economista Joseph Schumpeter, que em 1928 cunhou o termo “destruição criadora” para explicar como o ser “humano” cria inovações para se adaptar ao caos e destruição. Portanto, isso que hoje vivenciamos nos faz, tanto aprender a ter calma diante do medo, como também a aprender soluções criativas para nossos problemas”.
Por: Assessoria de Comunicação URI Cerro Largo